quinta-feira, 30 de junho de 2011

Raúl Bentancor

























Iniciamos a série Jogadores Históricos com o maior artilheiro da história do Sport. Prosseguimos com aquele que, segundo minha opinião, foi o maior craque que vestiu a camisa rubro-negra

Neste post, falaremos de um craque que, segundo pesquisa da Revista Placar do Rio de Janeiro, que consultou rubro-negros ilustres em 1999, e segundo muitos outros torcedores e adversários, foi o melhor jogador da história do Sport: Raúl Bentancor.

Raúl Higino Bentancor Ferraro, uruguaio de Montevidéu, nascido a 11 de janeiro de 1930, é também considerado um dos maiores jogadores da história do Danubio do Uruguai. Jogou ainda pelo Montevideo Wanderers. Pela Seleção Uruguaia, foi pré-convocado para a Copa do Mundo de 1950 e jogou o Campeonato Sul-Americano (atual Copa América) de 1953.

Em 1959, Raúl Bentancor foi contratado pelo Sport, aos 29 anos, por indicação do também uruguaio Walter Morel, um dos principais jogadores do clube no título pernambucano de 58. O jornalista Aramis Trindade logo o apelidou de o "Bigode que joga".

Em sua primeira temporada em terras pernambucanas, o meia-atacante brilhou na Taça Brasil de 59, primeira competição nacional de clubes organizada pela CBD. A equipe comandada inicialmente por Dante Bianchi e depois por Capuano teve uma boa participação, terminando na 5a colocação. Naquele time jogavam ainda, dentre outros, Zé Maria, Traçaia e Djalma Freitas.

Apenas em 1961, viria o primeiro título de Raúl Bentancor com a camisa rubro-negra, o Campeonato Pernambucano, conquistado sob o comando do técnico Palmeira

Naquele ano, o uruguaio também esteve na pequena excursão ao Suriname, na qual o Sport impôs três vitórias em três jogos contra equipes locais.

O seu segundo título pernambucano veio logo no ano seguinte, em 1962, outra vez comandado por Palmeira

Ainda em 62, o Sport participou de sua segunda Taça Brasil, e foi mais longe: chegou às semifinais, sendo desclassificado apenas pelo Santos de Pelé. Bentancor atuou decisivamente na campanha ao lado de Djalma Freitas, Alemão e cia.

Como decorrência da boa campanha do Sport na Taça Brasil, surgiu o convite para participar do Torneio de Nova York de 63. Mais uma vez o clube da Praça da Bandeira partiria para o exterior. E lá estava Bentancor contribuindo com a boa campanha do Leão. Foram duas vitórias, dois empates e duas derrotas, contra times do México, Alemanha, Itália, França, Escócia e Inglaterra.

Naquela temporada, o Sport também disputou sua terceira e última Taça Brasil, e, com a ajuda do craque uruguaio, fez outra boa campanha, terminando na 5a posição.

No ano de 1964, Raúl Bentancor disputou poucas partidas, e sequer participou do Pernambucano daquela temporada. Aos 34 anos, se despedia da Ilha do Retiro e das chuteiras, iniciando sua carreira de treinador. 

O "Bigode que joga" fez, no total, 90 gols com a camisa rubro-negra, dentre eles, 4 hat tricks e, além disso, em 2 oportunidades marcou 4 gols em uma única partida (Santos de Manaus 1x10 Sport em 1960 e Ferroviário 2x6 Sport em 1960). 

Alguns números destes gols:
  • Amistosos e torneios amistosos: 45 gols;
  • Taça Brasil: 5 gols;
    •    1959 - 5 gols;
  • Campeonato Pernambucano: 40 gols;
    •    1959 - 11 gols;
    •    1960 - 14 gols;
    •    1961 - 8 gols;
    •    1962 - 5 gols;
    •    1963 - 2 gols.




Gols de Bentancor contra times grandes e médios do Brasil:

Bahia - 2 gols;
Vitória - 1 gol.

*Todos os dados foram coletados da obra de Carlos Celso Cordeiro.




terça-feira, 28 de junho de 2011

Prioridade das Competições - Parte 1

Estamos de volta ao futuro do Sport! E, desta vez, as coisas vão ficar mais interessantes porque tenho uma opinião que contraria diametralmente a posição histórica do clube em relação a um importante tema: a prioridade das competições.

Sabemos que a grandeza do Sport se percebe unicamente por seus feitos nacionais e internacionais (Fundamento número 3 do blog), então porque, ainda hoje, damos tanta importância ao Campeonato Pernambucano?

Reconheço que o Campeonato Pernambucano teve grande importância na construção do Sport ao longo da sua história. Foi ele quem viabilizou o surgimento da imensa torcida do Sport. Por meio dele, nasceu a tradição e a força do futebol local. 

Mas os tempos mudaram. O Sport cresceu, enxergou horizontes mais amplos, conquistou o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil, fez boas campanhas em várias competições nacionais e participou da Libertadores da AméricaApesar disso, a mentalidade da fase provinciana ainda assola uma parcela dos nossos dirigentes e de nossa torcida:

"Eu conquistei pela segunda vez um tetracampeonato e um penta, sendo que o tetra foi invicto. Eu não fiz um trabalho ruim". Sílvio Guimarães.

Na minha opinião, o Campeonato Pernambucano ficou pequeno para o Sport. Hoje, ter 40, 50 ou 100 títulos pernambucanos não aumenta em nada a grandeza do clube. O que fazer então? Deixar de participar da competição? Acabar com o campeonato? De maneira nenhuma, proponho apenas uma nova perspectiva.

O Pernambucano deveria ser encarado como uma pré-temporada pelo Sport. Um tempo de ajustes e recuperação dos aspectos físicos e técnicos da equipe. Um período de trabalhos basilares para que o time entre mais forte nas competições que realmente interessam ao longo do ano.

Não deveríamos permitir que nossos principais jogadores sigam o ritmo irracional imposto pela competição estadual no início da temporada. Isto faz com que o time chegue nas principais competições com um preparo físico deficiente, bastante desgaste e muitas contusões, prejudicando sobremaneira seu desempenho.

Nos jogos do Pernambucano, proponho um rodízio entre os principais jogadores e os suplentes da equipe, fazendo com que cada um deles jogue apenas uma vez por semana. Isto proporciona a abertura de espaço para reservas e juniores mostrarem seu valor. Por outro lado, como veremos no próximo post sobre o tema, no primeiro semestre, a Copa do Brasil tem máxima prioridade. Nesta competição, iríamos sempre com força total.

Então o Pernambucano não nos serviria em nada? Seria apenas para cumprir tabela? Também não. O Pernambucano ainda nos proporciona algumas vantagens.

Com um planejamento bem feito, os jogos do pernambucano serviriam como exercício para a obtenção de ritmo de jogo e entrosamento. Além disso, esses jogos ofereceriam uma situação ideal, sem muita pressão, para o lançamento das promessas das categorias de base.

Outra vantagem do Pernambucano é a possibilidade de divulgar a marca Sport no interior do estado (Fundamento número 5 do blog). 

Se o Sport tem grande torcida no interior, sobretudo nas cidades de Vitória de Santo Antão, Garanhuns, Caruaru e Petrolina, isto se deve em parte ao fato de o Sport quase todo ano jogar lá. 

Além disso, durante o Pernambucano, grande parte dos jogos do Sport são transmitidos pela TV para todo o estado. Desse modo, o estadual é um bom instrumento para a consolidação da torcida do Sport por todos os cantos de Pernambuco.

Certamente me perguntarão sobre a exclusão da rivalidade com o Náutico e o Santa Cruz. É intencional. Acredito que a rivalidade é salutar, mas quando se briga por algo grande. Nesta hipótese, ela é um impulsionador de crescimento para todos os lados. Por isso, sou a favor desta rivalidade, desde que aconteça em jogos importantes do Brasileiro, da Copa do Brasil e etc. Nos digladiar por pouco é sinal de pequenez.

Concluindo, não acho que deveríamos abandonar o tradicional campeonato que se aproxima do seu centenário. Mas urge uma mudança de visão.

No próximo post sobre o tema, abordaremos a prioridade do Campeonato Brasileiro.

Prioridade das Competições - Parte 2
Prioridade das Competições - Parte 3
Prioridade das Competições - Parte 4

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Libertadores da América e o Sport

Bem sabemos que o Sport tem duas participações na Libertadores e ainda não conquistamos este título.

Mas em que mais o Sport se relaciona com esta Copa?

A resposta é que alguns dos grandes ícones da história do clube levantaram a taça após vestir a camisa rubro-negra.

São eles: Almir Pernambuquinho (1963), Manga (1971, pelo Nacional do Uruguai), Dinho (1992, 1993 e 1995), Juninho Pernambucano (1998), Jackson (1999) e o recém-campeão Durval (2011).

Com menor importância, vários jogadores chegaram ao clube já como campeões da Libertadores. São exemplos: China, Wilson Gottardo, Zetti, Cleisson, Adriano Gabiru e etc.

Almir Pernambuquinho, Manga, Dinho, Juninho Pernambucano, Jackson e Durval

segunda-feira, 20 de junho de 2011

CT do Leão






















Vamos em frente na discussão sobre o futuro do clube, abordando outro ponto tão importante quanto a questão da Arena: a conclusão do centro de treinamento.

Segundo o fundamento número 1 do blog, "o único caminho para igualar o Sport tecnicamente aos clubes do Sul e do Sudeste é revelando grandes jogadores".

Até hoje, apenas por benção de Deus, o Sport revelou grandes jogadores, como Ademir Menezes, Vavá, Manga, RildoAlmir Pernambuquinho, Biro-Biro, Juninho Pernambucano e etc. 

Para o futuro, devemos buscar a sistematização deste processo.

Uma divisão de base bem estruturada é a garantia de um futuro time do Sport com grandes jogadores formados no próprio clube. E um centro de treinamento moderno é um dos instrumentos indispensáveis para este fim.

Um centro de treinamento, além disso, permite a melhora na qualidade do trabalho com os jogadores do profissional.

A boa notícia é que a questão do CT do Leão também vem sendo levada como prioridade pelos comandantes do clube.

Nosso CT, o Centro de Treinamento Presidente José de Andrade Médicis, está localizado no bairro de Paratibe, da cidade de Paulista, a 30 km de Recife.

Foi adquirido em 2008, na gestão de Milton Bivar, por 2 milhões de reais, obtidos com a venda de Daniel Paulista para a Romênia.

Tem uma área de 8 hectares, e atualmente conta com cinco campos oficiais.

O projeto de modernização do CT prevê hospedaria (suítes), refeitórios, restaurantes, vestiários no padrão europeu, departamento médico completo e equipado, piscinas e academia tanto para as categorias de base, como para o profissional

O sócio também será beneficiado com a previsão de quadras poliesportivas, quadras de areia e um centro de apoio sócio-cultural (salão de jogos, restaurante, auditório e locais de convivência e etc.).

Uma sala de imprensa e um centro administrativo finalizam o projeto

Os trabalhos já se iniciaram, com recursos provenientes da venda de jogadores e de uma parceria com o patrocinador Banco BMG.

Ao lado disso, estuda-se a possibilidade de obter vantagens da Lei de Incentivo ao Esporte.

Na minha opinião, o projeto está ok, compatível com minhas expectativas para o futuro do Sport. Defendo que todos os esforços possíveis sejam direcionados para sua rápida conclusão. 

Inclusive, sugiro que 100% do dinheiro da venda de Ciro, com exceção da existência de despesas imediatas a serem pagas pelo presidente Dubeux, seja aplicado no CT.

É questão de urgência. Neste ponto, estamos atrasados inclusive em relação a outros times médios do Brasil. Já passou da hora de mudarmos este panorama.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Arena da Ilha do Retiro - Parte 4

O quarto post falando sobre a Arena vem somente para expor uma pequena dúvida sobre o projeto.

Do vídeo oficial da Arena, retirei as duas imagens ao lado.

Na imagem de baixo, mostra uma sobreposição da futura arena multiuso no atual terreno da Ilha.

Percebemos que há uma área (listras amarelas com interrogação), onde hoje ficam parte do campo auxiliar e dos campos de society, que aparece fora do projeto da Arena.


Seria uma área verde?

Ou seria uma área cedida ao investidor?

Ou, ainda, apenas um erro, um encaixe mal feito no render?

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Ademir Menezes

























Após a inauguração da série Jogadores Históricos com o maior artilheiro da história do Sport, falaremos daquele que, na minha opinião, é o maior craque que vestiu a camisa rubro-negra: Ademir Menezes.

Ademir Marques de Menezes, atacante, nasceu a 8 de novembro de 1922 no Recife e faleceu a 11 de maio de 1996 no Rio de Janeiro-RJ.

Infantil do Sport
O Queixada, como era carinhosamente apelidado devido a seu queixo avantajado, iniciou sua carreira nas categorias de base do Sport, sendo campeão pernambucano juvenil de 1938, como capitão da equipe. Estreou no time principal em 1939, com apenas 16 anos, num Sport x Tramways pelo Campeonato Pernambucano.

Naquele ano, o ainda muito jovem Ademir jogaria apenas mais um jogo, um amistoso em Salvador, do qual participou como suplente.

Em 1940, Ademir aos poucos começou a ganhar espaço na equipe principal. Disputou vários amistosos como titular do time. Porém, no Pernambucano, apesar de ter participado de diversas partidas, na grande maioria delas entrou como suplente. 

O ano de 1941 foi aquele em que a estrela de Ademir brilhou mais forte em sua passagem pelo Sport. Embora tivesse apenas 18 anos durante a maior parte da temporada, conquistou a titularidade absoluta e o status de craque da equipe.

Levantou a taça do Pernambucano daquele ano de maneira invicta, como artilheiro da competição com 14 gols. Foi neste campeonato que Ademir fez seu único hat trick com a camisa rubro-negra. A vítima foi o Náutico, numa goleada por 8x1, em pleno Aflitos.

Seleção Pernambucana
No final da temporada, o Sport partiu para sua primeira excursão ao Sul e Sudeste do país, sob o comando do argentino Ricardo Diez. A Excursão de 41/42 ficou na História pelos excepcionais resultados obtidos pelo Sport em um tempo no qual o restante do Brasil considerava inexistente o futebol nordestino. 

Foram 18 jogos: 11 vitórias, 2 empates e 5 derrotas. Daquele time brilhante, Ademir era o gênio. 

Após mais uma exibição de gala contra sudestinos, dirigentes daquela terra iniciaram negociação para contratá-lo. Na volta da excursão ao Recife, já em 1942, só deu tempo para dois jogos de despedida.

No Sudeste, Ademir foi bastante vitorioso. Destaca-se entre seus títulos em clubes o Campeonato Sul-Americano de Campeões de 48, uma espécie de Libertadores primitiva.

Ganhou ainda o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais em 43, 44, 46 e 50 (naqueles tempos não existiam competições nacionais para clubes, apenas para seleções estaduais). 

Excursão 41/42
Vestiu a camisa da Seleção entre os anos de 1945 e 1953, jogando 41 partida e fazendo 36 gols.

Durante este período, conquistou o Campeonato Sul-Americano de 49 (atual Copa América), sendo considerado o melhor jogador da competição, e o Campeonato Pan-Americano de 52 (algo como uma Copa América de todas as Américas).

No auge de sua forma, foi à fatídica Copa de 50, de onde saiu vice-campeão. Apesar disso, foi o artilheiro da Copa do Mundo com 9 gols, recorde da Seleção em uma única edição de Copa. Na contagem total de gols da Seleção em Copas, só fica atrás de Ronaldo e Pelé.

Em 1957, Ademir estava de volta ao Sport para a disputa daquela que seria a sua última partida com a camisa do Leão. Sport 2x0 Bahia a 10 de março, na Ilha. Após ser substituído por Gringo, Queixada encerrava sua carreira.



Os 27 gols de Ademir Menezes no Sport:
  • Amistosos regionais: 2 gols;
  • Excursão ao Sul e Sudeste: 10 gols;
  • Campeonato Pernambucano: 15 gols
    • 1940 - 1 gol;
    • 1941 - 14 gols.

Gols de Ademir contra times médios e grandes do Brasil:

Atlético-MG - 2 gols;
Vasco-RJ - 2 gols;
Coritiba-PR - 2 gols;
Internacional-RS - 1 gol.

*Todos os dados foram coletados da obra de Carlos Celso Cordeiro.


Ademir Menezes - Um artilheiro no meu coração, documentário sobre o craque:



Alguns gols de Ademir na Copa do Mundo de 1950:



Campeões de Plattenhardt


O time de juniores do Sport encerrou sua participação na Alemanha com a conquista do Torneio de Plattenhardt.

Anderson Paraíba, Ruan, Jackson e cia. confirmaram as expectativas com uma bela campanha em terras alemãs:

Sport 2x0 Lechia Gdansk (Polônia)
Sport 2x0 TSV Plattenhardt (Alemanha)
Sport 0x0 RW Ahlen (Alemanha)
Sport 0x0 FK Teplice (República Tcheca)
Sport 2x0 Oldenburg (Alemanha)
Sport 2x0 FK Borac (Sérvia)

4 vitórias, 2 empates, 8 gols marcados e nenhum gol sofrido. Uma campanha sem tomar gols (e, obviamente, invicta), que nos remete inevitavelmente aos juvenis campeões pernambucanos de 1954.

Aquela equipe que revelou nada mais, nada menos que o grande goleiro Manga:

Manga, Nei Pavão, Maroja, China, Ziza, Maninho, Marcelino, Nilson, Toinho, Fernandinho, Leo, Tonho, Renildo, técnico Capuano e diretor Murilo Teixeira

















Tábua de artilharia do Sport ao final do torneio de Plattenhardt:

Jackson e Josias - 2 gols
Alexon, Toty, Alenílson e Daividson - 1 gol

*Anderson Paraíba não marcou gols mas ganhou o prêmio de melhor jogador do torneio.


Os campeões:

Goleiros: Paulo Rafael e Bruno;
Lateral-Direito: Toty;
Zagueiros: Alenílson, Kelvin e Johnny;
Laterais-Esquerdos: Jackson e Renê;
Volantes: Jaíldo, Josias e Tales;
Meias: Daividson, Alexon e Anderson Paraíba;
Atacantes: Ruan e George.



Parabéns aos atletas, ao técnico Mazzola e ao coordenador das categorias de base, Gustavo Bueno.

Este é um pequeno feito, mas que pode representar um marco expressivo: o renascimento das categorias de base do Sport.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Arena da Ilha do Retiro - Parte 3




















Após apresentar as informações oficiais e opinar, venho neste post apresentar uma pequena sugestão ao projeto tocado pelo presidente Dubeux.

Bem, minha sugestão é a aplicação do conceito Stehplatz na nova Ilha. Mas o que vem a ser isto? 

Stehplatz é como os alemães chamam os espaços do estádio onde se encontram cadeiras que podem ser retiradas quando necessário.

O sistema das cadeiras removíveis é bastante simples: ao invés de serem fixadas diretamente ao concreto, são presas a barras de ferro que permitem a fixação e retirada das cadeiras de maneira fácil e sem qualquer dano.

Stehplatz

















Acredito que esta seja uma abordagem interessante para nosso futuro estádio. 

Esta solução nos abre a possibilidade de termos setores do estádio onde se possa torcer com mais efervescência: pulando, correndo, em pé e etc.

Muitos torcedores abrem mão do conforto para continuar com esta agitada experiência nos estádio de futebol. O que falar então das torcidas organizadas? Então seria até democrático a existência destes setores na nova Ilha. 

Minha sugestão é que os nossos Stehplatz fiquem atrás das traves de meta, quase como uma homenagem às atuais Gerais, e que, em condições normais, ofereçam, no máximo, 20% da capacidade oficial do estádio (20% de 45 mil).

Falo em condições normais porque, em ocasiões especiais, como, por exemplo, finais de campeonatos, este percentual poderia ser ampliado, com o fim de dilatar a capacidade total do estádio e, por consequência, aumentar a arrecadação da partida.

Nestes casos, a disponibilização de 30 a 35% da capacidade oficial para setores sem cadeiras poderia viabilizar um público total de até 60 mil pessoas.

Dessa forma, para implementação da minha sugestão, é exigível que nosso estádio tenha, no máximo, 65% de sua capacidade oficial (45 mil) em cadeiras fixas (solução mais barata) e 35% no sistema Stehplatz (custo maior).

A fixação ou retirada das cadeiras removíveis estaria vinculada ao potencial da partida.

É importante lembrar que os torcedores que preferem o conforto à agitação teriam prioridade, contando sempre com a maior parcela do estádio. Em jogos ordinários, disporiam de 80% da capacidade oficial; em jogos especiais,  de 65 a 70%.

Cabe observar também que, em partidas que exigem padrão FIFA, obviamente todas as cadeiras seriam recolocadas, preenchendo 100% do estádio.

Por fim, recomendo um vídeo que mostra como funciona as cadeiras removíveis do moderno estádio do Dallas Cowboys.