quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Excursão ao Suriname de 1961

Após a excursão à Europa e Oriente Médio de 1957, o Sport voltou a jogar em terras estrangeiras somente em 1961, quando decidiu promover algumas partidas no Suriname. Naqueles dias, o clube estava em excursão pelo Norte do Brasil e aproveitou a proximidade geográfica para se apresentar na antiga colônia holandesa. 

Apesar de possuir um futebol local bastante modesto, o Suriname é conhecido mundialmente por gerar vários jogadores de classe internacional, como Ruud Gullit, Edgar Davids, Clarence Seedorf, Frank Rijkaard (descendente) e tantos outros.

Em território surinamês, o Sport conquistou três vitórias em três partidas. Duas contra o selecionado local e uma contra o SV Transvaal, único time do Suriname com projeção continental, possuindo dois títulos da Copa dos Campeões da CONCACAF (atual Liga dos Campeões da CONCACAF, principal torneio de clubes desta confederação, cujo título dá vaga ao Mundial de Clubes da FIFA).


Depois desta passagem pelo pequeno país sul-americano, o Sport jogaria novamente fora do Brasil apenas em 1963, pelo Torneio de Nova York.


Time-base do Sport na Excursão ao Suriname 1961:

Dirceu; Alemão e Sinval; Michel, Tomires e Nenzinho; Djalma Freitas, , Osvaldo, Raúl Bentancor e Elcy. Técnico: Palmeira.

Outro titular:


Campanha:

Suriname 1x2 Sport (Paramaribo - Suriname, 03 abr 61)
Gols do Sport: e Elcy

Suriname 1x3 Sport (Paramaribo - Suriname, 06 abr 61)
GdS: (2) e Osvaldo

SV Transvaal 0x6 Sport (Paramaribo - Suriname, 09 abr 61)
GdS: dados indisponíveis


*Todos os dados foram coletados da obra de Carlos Celso Cordeiro.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Alemão

























Aderivaldo Correia de Arruda, o Alemão, recifense, irmão do excepcional goleiro Manga, é o maior zagueiro-artilheiro da história do Sport, com 59 gols. 

Defensor de pouca técnica, porém muita raça e vontade, dispunha de um dos chutes mais fortes do futebol brasileiro em todos os tempos. Utilizando-se deste recurso, o "Canhão da Ilha" cansou de fazer gols em cobranças de faltas e pênaltis.

Seus poderosos arremates renderam vários relatos incríveis, que incluem desde redes furadas, jogadores desmaiados ou braços quebrados até penalidades máximas cobradas no travessão com a bola voltando até o meio-campo sem tocar o chão.

Alemão iniciou sua carreira futebolística no juvenil do Sport em 1956. Disputou suas primeiras partidas pela equipe principal em 1959, e começou a se firmar entre os titulares no ano seguinte.

Em 1961, ao lado de craques como Traçaia, Raúl Bentancor e Djalma Freitas, conquistou o Campeonato Pernambucano, marcando um dos gols rubro-negros na finalíssima contra o Náutico na Ilha do Retiro. Após a partida, ainda uniformizado, pagou a promessa de ir a pé até a concentração do Sport na Caxangá.







Naquele mesmo ano, participou da pequena excursão ao Suriname empreendida pelo clube.

Em 1962, voltou a conquistar o Campeonato Pernambucano, marcando três dos quatro gols do Sport nas duas finais contra o Santa Cruz. Depois do último jogo, outra vez cumprindo promessa, caminhou da Ilha do Retiro até o Pina.

Ainda em 62, foi semifinalista da Taça Brasil, tendo sido eliminado somente pelo Santos de Pelé.

Em 1963, participou do Torneio de Nova York e novamente da Taça Brasil, marcando gols em ambas competições. Continuou no Sport até 1965, quando foi negociado para o futebol sudestino.

Curiosamente, no Sudeste, teve seus tiros livres prejudicados pela astúcia do oponente pernambucano Almir. Como Alemão tomava muita distância da bola, o Pernambuquinho decidiu se interpor estático no meio do caminho, respeitando a distância regulamentar, fazendo com que o zagueiro tivesse que desviar dele durante a corrida. Resultado: o chute saía descalibrado. A partir desta constatação, todos os adversários passaram a lançar mão da "barreira dupla" (uma barreira antes e outra depois da bola) nas cobranças de Alemão.

Em Recife, no dia 14 de setembro de 1984, com apenas 44 anos de idade, o já aposentado zagueiro-artilheiro faleceu, vítima de um problema cardíaco.


Alguns dados sobre os 59 gols de Alemão no Sport:
  • Amistosos e torneios amistosos: 27 gols;
  • Taça Brasil: 2 gols;
    •    1963 - 2 gols;
  • Torneio de Nova York de 1963: 3 gols;
  • Campeonato Pernambucano: 27 gols;
    •    1961 - 10 gols;
    •    1962 - 9 gols;
    •    1963 - 4 gols;
    •    1964 - 4 gols.

Gols de Alemão contra times grandes e médios do Brasil:

Fluminense-RJ - 1 gol;
Vasco da Gama-RJ - 1 gol.
Vitória - 1 gol.


*Todos os dados foram coletados da obra de Carlos Celso Cordeiro.